Mulher: O Coração do Mundo

De acordo com a religião egípcia, no julgamento dos mortos, a Deusa Maat pesava as almas de todos, após a morte, com a pena da verdade. Colocava a pluma na balança, e no prato oposto o coração do falecido. Se os pratos ficassem em equilíbrio, o morto poderia festejar com as divindades e os espíritos dos mortos. Entretanto, se o coração fosse mais pesado, ele era devolvido para ser devorado.

O coração pesa demasiadamente quando a razão o amargura, retira a fé que une, e cria a divisão. Apesar de que nós precisamos da razão para a nossa evolução, característica masculina (do arquétipo masculino que todos nós possuímos, homens e mulheres) para exercermos a nossa independência, individualidade e poder, o equilíbrio perfeito da balança de nosso coração só é obtido pelo amor divino, qualidade maior do feminino de Deus (do arquétipo feminino que todos nós, homens e mulheres, também possuímos), e que permite amar a si e ao mundo e, assim, unir, compreender, aceitar.

Hoje celebra-se o Dia da Mulher, mas que seja muito mais do que a exaltação da conquista do seu espaço social, político e econômico, que este espaço seja conquistado no equilíbrio da balança do amor, pois, senão, teremos no futuro uma sociedade comandada por mulheres endurecidas afetivamente, competindo com eles do jeito que eles sempre fizeram, sendo que aquilo que a sociedade mais necessita para que as novas gerações sejam livres e felizes é o que mais falta ao poderio do universo racional: amor!

Eu desejo que mulheres que se valorizam, mas que valorizam o seu aspecto feminino de verdade, conquistem um espaço cada vez maior na sociedade. Mulheres que saibam exercer autoridade com amor, força e poder com gentileza e união. Mas isto somente acontecerá como fruto da evolução de toda a sociedade e, para que isto ocorra, é preciso buscar este equilíbrio disseminando o ideal da balança. Eu espero, especialmente neste dia, que o coração de todos os homens preserve o melhor que as mulheres de sua vida lhe propuseram (em sua face feminina): a ternura, a compreensão e o perdão, e que as mulheres conquistem o poder em igualdade com os homens, mas não se percam, pois especialmente elas serão sempre o exemplo do amor para as novas gerações.

Somente mulheres ajustadas no seu aspecto feminino e, portanto, amorosas, podem promover de verdade uma revolução mundial de conceitos e apresentar ao mundo o ser humano da Nova Era: aquele que é humano de verdade, pois, simplesmente, recuperou a capacidade de amar!